A importância de um ERP adaptável na implementação da reforma tributária
Com a reforma tributária, implementar ERPs flexíveis é um passo crucial para garantir o sucesso da empresa
Por: Everaldo Silva
A reforma tributária no Brasil foi e seguirá sendo um dos principais temas do ambiente de negócios brasileiro diante da implementação, em dezembro de 2023, da Emenda Constitucional Nº 132 que, após longas décadas de debate, deu início a transição para um sistema que, embora caminhe na direção de mais simplicidade no cálculo de impostos, traz consigo seus próprios desafios, incluindo o próprio entendimento das regras e suas as alíquotas – ainda em tramitação – que passarão a fazer a parte da realidade das empresas.
Fato é que, para a maioria das empresas, a carga administrativa relacionada a busca pela conformidade fiscal é significativa; o Banco Mundial aponta que, no Brasil, o tempo gasto por empresas com obrigações tributárias varia de 1.483 a 1.501 horas por ano, número que é considerado superior à média global de 234 horas anuais.
Por sua vez, diante de um período de transição tributária, a adotar sistemas e tecnologias flexíveis – incluindo o ERP utilizado na organização – passa a ser um passo fundamental, pois possibilita que as empresas acompanhem as atualizações legislativas e se ajustem rapidamente às novas exigências do Fisco.
O papel do ERP na gestão fiscal e financeira
Os sistemas de ERP são essenciais para a gestão financeira e fiscal, integrando diferentes processos e departamentos em uma única plataforma. Com a reforma tributária, as empresas precisarão lidar com alterações nas alíquotas, novas obrigações acessórias e, potencialmente, mudanças significativas nas bases de cálculo de impostos.
Uma pesquisa do IDG Research Services revela que empresas que adotam sistemas ERP tem crescimento 35% mais rápido e aumentam a sua produtividade em 10% em comparação àquelas que não utilizam essas soluções.
Nesse contexto, a adoção de “motor de cálculo” acoplado ao ERP torna-se imprescindível para trazer flexibilidade e reduzir riscos ao ERP em eventuais ajustes nos cálculos. Um sistema flexível não apenas facilitará a conformidade com a nova legislação, mas também contribuirá com a eficiência das operações.
A implementação de um sistema ERP eficaz melhora a visibilidade das operações, otimiza processos e assegura que as empresas se mantenham em conformidade com as normativas tributárias em constante mudança.
Além disso, um ERP bem estruturado aliado a ferramentas de análise de dados, contribui para a tomada de decisões estratégicas, extraindo dados em tempo real, fundamentais para a adaptação às novas exigências legais. Isso é especialmente importante em um ambiente de negócios que demanda agilidade.
Adaptabilidade e integração dinâmica
A integração eficiente de sistemas ERP se torna essencial à medida que o Brasil avança para um novo modelo tributário. A reforma demanda atualizações dos cálculos fiscais e coordenação aprimorada entre os setores de logística e finanças.
Uma funcionalidade valiosa é a capacidade de realizar simulações e análises de cenários fiscais. Isso permite que os gestores compreendam como as novas regulamentações impactarão as operações, os resultados financeiros e o fluxo de caixa.
A capacidade de ajustar rapidamente os sistemas ERP a potenciais mudanças legislativas, neste período de transição, é fundamental para a competitividade das organizações em um ambiente econômico dinâmico. Organizações que ainda dependem de ERPs desatualizados correm o risco de enfrentar sérios desafios em conformidade e eficiência operacional, comprometendo assim sua gestão financeira e o controle de obrigações fiscais.
ERP como aliado na nova era fiscal
À medida que o Brasil avança em direção a uma reforma tributária mais eficiente, as empresas devem reconhecer a importância de investir em sistemas de ERP que atendam às exigências atuais, mas mais importante que isso, sejam flexíveis o suficiente para evoluir com as mudanças – sobretudo considerando a longa jornada de transição, até 2033, da Reforma Tributária
A Aberdeen Group destacou que organizações que utilizam sistemas ERPs tiveram uma melhoria de 22% na eficiência das operações. Portanto, a capacidade de adaptação ao novo contexto fiscal brasileiro é tanto uma questão de sobrevivência quanto estratégica para resultados e conformidade a longo prazo.
Por isso, ERPs adaptáveis são essenciais para permitir que as empresas respondam rapidamente às mudanças nas regulamentações, otimizem processos e garantam conformidade, assegurando uma gestão financeira eficaz e decisões estratégicas informadas.
